São Paulo — A onda de calor extremo que atinge a capital paulista esta semana levantou um novo alerta de saúde pública. As altas temperaturas, muitas vezes acompanhadas por chuvas, têm contribuído para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, causador da dengue, entre outras doenças.
Na cidade de São Paulo, foram registrados 12.742 casos de dengue até outubro de 2023, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Em dez meses, o número já ultrapassou o total de todo o ano passado, quando foram registrados 11.920 casos da doença.
As mortes causadas pela dengue este ano também chamam a atenção. Com 10 mortes, o número é o maior registrado nos últimos oito anos na cidade. No ano passado, foram duas vítimas da doença, segundo a SMS.
Nessa segunda-feira (13/11), a cidade registrou o dia mais quente do ano, com a temperatura chegando a 37,4º C às 15h na estação meteorológica do Mirante de Santana, na zona norte da capital paulista, de acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
A Secretaria da Saúde informou que, neste ano, foram realizadas mais de 4,6 milhões de ações de prevenção ao Aedes aegypti no município, como visitas casa a casa, vistorias a imóveis e pontos estratégicos, ações de bloqueios de criadouros e nebulizações, orientações à população, entre outras atividades específicas.
A pasta disse, ainda, que, entre 2022 e 2023, foram importados 15 mil litros de inseticida para nebulização (fumacê) contra o mosquito Aedes aegypti e aquisição e distribuição de 20 mil armadilhas de autodisseminação de larvicida em todas as regiões da cidade, com histórico de maior incidência de casos da doença.