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Escola onde aluna foi morta em ataque retoma as aulas nesta 2ª feira

São Paulo – As aulas na Escola Estadual Sapopemba, na zona leste da capital paulista, serão retomadas nesta segunda-feira (6/11), duas semanas após o ataque a tiros que matou uma aluna de 17 anos, com um plantão psicológico e outros profissionais para acompanhar o retorno dos estudantes.

Os psicólogos que farão o plantão na escola, que tem cerca de 1.800 estudantes, são do programa Psicólogos na Escola, uma das iniciativas do governo estadual – adotadas após outro atentado, ocorrido na Escola Estadual Thomázia Montoro, na Vila Sônia, zona oeste da cidade, em março – e do do Centro de Referência e Apoio à Vítima (CRAVI), da Secretaria da Justiça e Cidadania.

A Secretaria Estadual da Educação afirmou que fará rodas de conversa e apresentações de dança, teatro e música na escola, feitas sob supervisão de profissionais do Conviva, um programa voltado para a melhoria da convivência escolar, e contarão com a participação de alunos de escolas parceiras.


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No período em que a Sapopemba esteve fechada, o governo executou serviços de manutenção da escola e reforma da quadra, obras orçadas em R$ 900 mil e pagas com verba da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE).

Além disso, a escola passará a contar com um segurança particular contratado pelo governo, que estará armado com cassetete. O edital da secretaria que selecionou a empresa de segurança que forneceria esse profissional não exigiu nenhum preparo específico para lidar nem com crianças nem com casos de atentado. O cargo pode ser ocupado por uma pessoa que tenha estudo até a quarta série do ensino fundamental.

Aulas à distância

Parte dos estudantes e da comunidade escolar são contrários ao retorno às aulas de forma presencial e preferiam que a escola adotasse um modelo de ensino à distância, similar ao que foi usado ao longo da pandemia de Covid-19.

Esse grupo fez circular um abaixo-assinado que recolheu 11 mil assinaturas reivindicando as aulas à distância. O Metrópoles questionou a secretaria sobre a reivindicação, mas o governo não respondeu sobre ela.

Giovanna, que havia acabado de conseguir seu primeiro emprego e, segundo amigos da família, sonhava em ser advogada, foi morta por um aluno que já havia passado por tratamento psicológico na rede pública, já havia registrado um boletim de ocorrência por casos de bullying e já havia publicado ameaças em redes sociais.

Mesmo com tantos sinais de alerta, a gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) não foi capaz de identificar o potencial ataque à escola. O governador, no dia do crime, admitiu que pode ter “falhado em alguma coisa”.

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