O relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Distrito Federal deve poupar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sugerir o indiciamento de generais do Exército, como GDias e Dutra.
É esse o cenário atual das possibilidades do documento, que vai ser apresentado e votado em novembro. Uma reunião entre distritais aconteceria na próxima segunda-feira para debater o relatório, mas ela foi cancelada. Sendo assim, o documento vai direto para a votação dos membros da CPI.
A avaliação da base do governo federal é a de que não haverá votos o suficiente para aprovar o indiciamento de Bolsonaro, já que o próprio relator, deputado Hermeto (MDB), já declarou não concordar com a imputação de crimes a pessoas que não foram ouvidas nas sessões.
Mas a conduta de generais, esses sim já ouvidos, pode ser alvo de indiciamentos.
Marco Edson Gonçalves Dias, o GDias, era o ministro de Estado Chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República no 8 de Janeiro e deve constar entre os indiciados, diferentemente do que aconteceu na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), do Congresso Nacional.
Também deve estar entre as sugestões de indiciamentos o general Gustavo Henrique Dutra, que chefiava o Comando Militar do Planalto (CMP) durante a permanência do acampamento em frente ao quartel-general e no 8 de Janeiro, mas acabou exonerado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em abril.
Outro nome forte ouvido na CPI do DF é o do general Augusto Heleno, ex-GSI. A expectativa de deputados da esquerda é de que ele também esteja entre os pedidos de indiciamento, mas esse cenário ainda é mais incerto, diferente do caso de G. Dias e Dutra.
General Dutra na CPI da CLDF
General Dutra foi ouvido na CPI da CLDF. Ele pode ter pedido de indiciamento aprovado
André Duarte/Assessoria Chico Vigilante
Marco Edson Gonçalves Dias, ex-ministro chefe do GSI depõe na CPI dos Atos Antidemocráticos do dia 8 de Janeiro, na CLDF 2
General Gonçalves Dias depõe à CPI dos Atos Antidemocráticos, da CLDF
Breno Esaki/Metrópoles
Marco Edson Gonçalves Dias, ex-ministro chefe do GSI depõe na CPI dos Atos Antidemocráticos do dia 8 de Janeiro, na CLDF 3
Breno Esaki/Metrópoles
Deputado Distrital Hermeto
Deputado distrital Hermeto (MDB)
Hugo Barreto/Metrópoles
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, da Câmara Legislativa (CLDF), ouve o depoimento da Ana Priscila, na manhã desta quinta-feira (28/9). Ela é apontada como uma das lideranças do movimento bolsonarista, que invadiu os prédios dos Três Poderes, em 8 de janeiro.
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, da Câmara Legislativa (CLDF), ouve o depoimento da Ana Priscila, na manhã desta quinta-feira (28/9). Ela é apontada como uma das lideranças do movimento bolsonarista, que invadiu os prédios dos Três Poderes, em 8 de janeiro.
Hugo Barreto/Metrópoles
Hacker Walter Delgatti Neto participa da oitiva dos antidemocráticos do 8 de Janeiro da CLDF 1
Deputados distritais na oitiva de Walter Delgatti
Breno Esaki/Metrópoles
Foto-major do GSI José Eduardo Natale presta depoimento à CPI (4)
O major do GSI José Eduardo Natale
Breno Esaki/Metrópoles @BrenoEsakiFoto
foto-presidente-vai-pedir-prorrogação-de-prazo-de-CPI
Presidente vai pedir prorrogação de prazo da CPI
Francisco Dutra / Metrópoles
general Augusto Heleno CPI dos Atos Antidemocráticos CLDF
Hugo Barreto/Metrópoles
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O autônomo Armando Valentin Settin Lopes de Andrade, 46 anos, acabou detido em flagrante horas depois de participar da invasão às sedes dos Três Poderes
Eurico Eduardo / Agência CLDF
Foto-Anderson-Torres-chega-em-CPI-8-1-CLDF-8
“Não vou comentar o depoimento do general aqui. Mas houve operação com 500 policiais militares ali parados, esperando autorização do Exército para retirar o acampamento. Alguém vir aqui e dizer que [a PMDF] não agiu, [que] não era atribuição [dela], [que] não estava fazendo, é meio complicado. Precisa ser apurado por essa CPI”, afirmou
Hugo Barreto/Metrópoles
Foto-Mauro-Cid-diz-que-permanecerá-em-silêncio-durante-CPI-3
Na ocasião, Cid também fez uso do direito ao silêncio, em praticamente toda a oitiva
Breno Esaki/Metrópoles
CPI dos Atos Antidemocráticos ouve cel. Klepter Rosa. Brasília
Vinícius Schmidt/Metrópoles
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Mais de 100 nomes
A CPI da Câmara Legislativa deve incluir mais pedidos de indiciamento do que o documento do comitê que tratou do mesmo tema no Congresso Nacional, com mais de 100 indiciados.
A relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), apresentou um documento com mais de mil páginas que pedem o indiciamento de 61 pessoas, entre civis e militares.
Na lista, constam nomes como o do ex-presidente Jair Bolsonaro, dos ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, e do ex-chefe da Ajudância de Ordens Mauro Cid.