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Polícia investiga caso de injúria racial entre alunos em escola de SP

São Paulo – A Polícia Civil de São Paulo investiga um caso de injúria racial contra um aluno do Colégio Ábaco, no Sumaré, zona oeste da capital paulista.

Segundo a família do adolescente, ele teria sido vítima de ofensas feitas por outro estudante no dia 9 de outubro.

O Metrópoles teve acesso ao boletim de ocorrência registrado pela família. Segundo o documento, o jovem estava em uma aula de inglês quando um colega apontou para a figura de um macaco em um livro e disse que “era ele”.

Depois, em uma aula de história, o estudante foi chamado de “escravo” e “preto adotado” pelo mesmo aluno.

Para a família, a escola foi omissa. No boletim de ocorrência, a madrasta do estudante diz que a família já tinha avisado o colégio sobre outras situações preconceituosas vivenciadas pelo adolescente.

“Não foi a primeira vez que ele sofreu algum tipo de preconceito nas dependências do colégio. Comunicamos a direção do colégio, este se omitindo toda vez que o fato ocorria”, disse a madrasta.

Ela afirma que também já tinha comunicado a mãe do outro estudante sobre as práticas de bullying, mas que “nenhuma atitude foi tomada”.

Em nota, o Colégio Ábaco nega que a família do adolescente tenha procurado a instituição para falar sobre episódios de preconceito antes do dia 9 de outubro.

“Os responsáveis legais dos alunos envolvidos em momento algum, anteriormente, haviam procurado o Colégio Ábaco para denunciar qualquer conduta discriminatória ou ofensiva neste sentido, sendo o primeiro e único relato de conhecimento da Instituição apenas no dia 9 de outubro”, diz a escola.

O colégio afirma que considera injusta a tentativa de associar a escola à conivência ou omissão e diz que a instituição “não permitirá nem tolerará práticas discriminatórias de qualquer ordem em suas dependências”. O aluno responsável pelas ofensas foi suspenso.

A instituição de ensino afirma que iniciou o processo de apuração dos fatos “de forma responsável, diligente e idônea” e convidou ambas as famílias para serem ouvidas.

A escola diz que “se colocou à disposição da autoridade policial competente” e está empenhado em buscar apoio do Conselho Tutelar.

“Com estas medidas adotadas, o Colégio Ábaco reitera que a educação e a sensibilização contra qualquer medida discriminatória são prioridades fundamentais para a Instituição, que continuará a trabalhar ativamente para combater qualquer forma de discriminação”, diz a nota.

O caso é investigado pelo 23º Distrito Policial como crime de injúria.

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