O filho “04” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Jair Renan, afirmou que o relógio da marca Rolex apreendido em seu apartamento é falso. A declaração ocorreu em entrevista ao Portal Leo Dias, divulgada nesse domingo (8/10).
O item foi apreendido em um endereço ligado a Renan durante operação da Polícia Civil do Distrito Federal, em agosto deste ano. A corporação apura se o item teria sido desviado após ser recebido de chefes de estado pelo então presidente da República.
Durante a entrevista, Jair Renan se defendeu da suspeita e afirmou que o Rolex seria falso. Segundo ele, o objeto foi dado a ele como presente, por um amigo, que estaria de “zoação”.
Como mostrou a coluna Na Mira, do Metrópoles, o filho “04” do presidente foi alvo de busca e apreensão pela Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Ordem Tributária (Dot/Decor), em 24 de agosto.
A ação, batizada de Operação Nexum, cumpriu também outros quatro mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva por crimes contra a fé pública e associação criminosa, além de prejuízo do erário do Distrito Federal.
Diego Pupe e Jair Renan
Diego Pupe e Jair Renan
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Jair Renan, filho de Bolsonaro
Jair Renan, filho de Bolsonaro, se manifesta após exposed de assessor
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Jair Renan Bolsonaro e Jair Messias Bolsonaro
Filho 04 do ex-presidente, Jair Renan, ao lado do pai, Jair Bolsonaro
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Maciel Carvalho e Jair Renan
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Jair Renan é filho do ex-presidente Jair Bolsonaro
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O principal alvo da operação, e mentor do suposto esquema, é Maciel Carvalho, 41 anos, ex-empresário de Jair Renan. Ele acabou preso na operação.
Suspeita de desvio de presentes
A cúpula do governo Bolsonaro é suspeita de desvio de presentes recebido de chefes de estado. A Polícia Federal considerou que o valor arrecadado com a venda dos itens teria a finalidade de ser incorporado ao patrimônio do ex-presidente.
E-mails obtidos pela CPMI do 8 de janeiro mostram que o filho 04 do ex-presidente retirou presentes do arquivo da Presidência da República em 12 de julho do ano passado. A informação foi publicada pela coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles.
Na entrevista publicada nesse domingo (8/10), Jair Renan disse que teria retirado do acervo apenas uma mochila, dois bonecos do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, redes de balanço, camisas personalizadas com o rosto do pai, uma santa de gesso e um escudo do Capitão América.