O Brasil aparece na primeira colocação de um ranking de 34 países que mediu o peso da conta de luz sobre o bolso dos consumidores.
O levantamento foi feito pela Associação Brasileira de Grandes Consumidores de Energia (Abrace), com base em dados da Agência Internacional de Energia (IEA) e no Produto Interno Bruto (PIB) per capita dos países em 2022, calculado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
Em média, a conta de luz no Brasil compromete 4,54% do PIB per capita anual. É um percentual bem superior aos registrados, por exemplo, em países como Espanha (2,85%), Reino Unido (2,01%), Alemanha (1,72%) e França (1,23%).
A vice-liderança no ranking é ocupada pela República Tcheca (3,24%), seguida pela Grécia (3,03%). O menor peso da conta de luz sobre a geração de riqueza per capita é verificado em Luxemburgo (apenas 0,38%).
O resultado do Brasil também é muito pior do que os de outras economias emergentes, como Chile (2,65%) e Costa Rica (2,76%).
No ano passado, o consumidor brasileiro pagou, em média, US$ 34 (R$ 176,50) por 200 kilowatt-hora (kwh). Em números absolutos, trata-se de um valor equivalente ao registrado na Polônia (US$ 34,39), mas a renda per capita do país foi de US$ 9 mil (R$ 46,7 mil), enquanto a dos poloneses era o dobro (US$ 18 mil ou R$ 93,4 mil). Por isso, na Polônia, o comprometimento da renda foi menor, de 2,26%.
Na Turquia, cujo PIB per capita é próximo ao do Brasil (cerca de US$ 10 mil), o custo da energia foi praticamente a metade: US$ 17,9 (R$ 93), o que comprometeu 2,02% da renda.
