O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos criminosos de 8 de Janeiro, Arthur Maia (União Brasil-BA), afirmou nesta quarta-feira (27) que a comissão não deve colher o depoimento do almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha citado na delação do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid.
O deputado afirmou à CNN que o relatório final da comissão de inquérito está previsto para 17 de outubro. Logo, não daria tempo para a oitiva do militar da reserva. Maia, no entanto, considerou ser possível um depoimento do ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto.
Garnier foi citado na delação de Mauri Cid como um dos militares que teria respaldo na possibilidade de um golpe de estado. Até agora, o militar não se manifestou.
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Já Braga Netto foi candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro e esteve ao lado do ex-mandatário do Palácio do Planalto após a sua derrota no processo eleitoral do ano passado.
Apesar da pressão de parlamentares governistas e oposicionistas, Maia não vislumbra um adiamento da CPMI e considera que as apurações feitas até o momento são suficientes.
A CNN Brasil também apurou que, após ter entrado em contradições na oitiva de terça-feira (26), o general da reserva Augusto Heleno deve ser alvo de pedido de indiciamento no relatório final da senadora Eliziane Gama (PSD-MA).
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Este conteúdo foi originalmente publicado em Presidente da CPMI descarta ouvir ex-comandante da Marinha no site CNN Brasil.