São Paulo – A Justiça de São Paulo determinou, nesta terça-feira (26/9), que a Universidade Santo Amaro (Unisa) reintegre os 15 estudantes de medicina que foram expulsos pelos atos obscenos protagonizados em um torneio universitário em abril deste ano, episódio apelidado de “punhetaço”.
A decisão da 6ª Vara do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) é de caráter liminar e a ação, movida por alunos expulsos, corre sob segredo de Justiça.
A informação foi confirmada ao Metrópoles pelo advogado da Unisa, Marco Aurélio de Carvalho, que disse que a universidade irá cumprir a decisão e apurar o caso por meio de sindicância, dando aos alunos o direito à defesa.
Chamado de “punhetaço”, o episódio aconteceu em um torneio em São Carlos, no interior paulista, em abril deste ano, e só viralizou nas redes na semana passada.
Na ocasião, estudantes que estavam na arquibancada do ginásio Milton Olaio Filho, onde era disputada uma partida de vôlei feminina, baixaram as calças e exibiram o pênis. Também realizaram uma “volta olímpica”, sem parte da roupa.
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Jogo de vôlei feminino em São Carlos; ao fundo, alunos de medicina abaixam as calças
Reprodução
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Alunos de medicina da Unisa abaixam as calças e fazem “volta olímpica” durante jogo de vôlei feminino
Reprodução
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Alunos de medicina da Unisa abaixam as calças e fazem “volta olímpica” durante jogo de vôlei feminino
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Jogo de vôlei feminino em São Carlos; ao fundo, alunos de medicina abaixam as calças
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Investigação
Os primeiros seis estudantes haviam sido expulsos da instituição na segunda-feira (18/9), por decisão do Conselho Universitário, responsável pelas medidas disciplinares. A sanção aconteceu após “investigação interna” e é a mais grave prevista no regimento da Unisa.
A Polícia Civil de São Carlos também investiga o caso na esfera criminal. Para o delegado responsável pelo caso, há a possibilidade de estudantes veteranos da Unisa terem obrigado calouros a mostrar o pênis durante o jogo.
Colegas de faculdade dos estudantes afirmam que alguns deles deletaram até o WhatsApp, com medo de que suas mensagens fossem grampeadas pela polícia.
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