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Reforço policial na Av. Paulista só tem metade do efetivo esperado

São Paulo — A Prefeitura de São Paulo anunciou no início de agosto que a região da Avenida Paulista receberia 358 policiais militares por meio da Operação Delegada. Na última sexta-feira (15/9), porém, havia apenas 185 PMs (51,7% do previsto) empregados efetivamente no reforço da segurança em toda a área.

A Operação Delegada é uma parceria entre a administração municipal e a PM para aumentar a quantidade de policiais em pontos críticos da cidade. Na teoria, o efetivo extra serve para combater o comércio ambulante irregular, mas é considerado pela autoridades, também, um fator importante no aumento da sensação de segurança da população.


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A baixa adesão ao “bico oficial” é histórica e afeta principalmente a região central da cidade, local onde é grande a possibilidade de envolvimento em conflitos, como na Cracolândia. Para trabalhar as oitos horas-extras, praças (soldados, cabos, sargentos e subtenentes) recebem R$ 274 e oficiais ganham R$ 328.

O valor é considerado baixo pelos PMs, tanto que, na última semana, foi aprovado em primeira votação na Câmara um projeto de lei que prevê aumento, passando a R$ 328 por dia trabalhado para os praças e R$ 394 para oficiais. Além disso, existe a possibilidade do pagamento de 30% adicionais para o trabalho no período noturno.

Enquanto as melhorias não chegam, o cenário está bem aquém daquele previsto pelas autoridades em agosto. A reportagem apurou que, na sexta pela manhã, 119 PMs compareceram para participar da Operação Delegada. À tarde, foram 46. Durante a noite, estavam previstos apenas 20.

Em agosto, as autoridades previam a presença de PMs em 35 pontos de atenção distribuídos pela região da Paulista, que abrange uma área que vai até a Praça Roosevelt. Durante a tarde da última sexta, apenas oito pontos estavam efetivamente cobertos, todos eles ao longo da própria avenida.

Previsão

As 358 vagas destinadas a PMs para trabalharem na Paulista fazem parte das 1.579 destinadas à área da Subprefeitura da Sé como um todo. Essas, por sua vez, estão dentro dos 2.400 postos oferecidos pela administração municipal em toda a cidade.

Embora a segurança pública seja uma atribuição do governo estadual, sob a gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos), o prefeito Ricardo Nunes (MDB) tem investido no setor na tentativa de melhorar sua avaliação junto ao eleitorado.

Em entrevista ao Metrópoles no mês passado, o coordenador da atividade delegada, coronel Celso Luiz Pinheiro, afirmou que a falta de infraestrutura também desmotiva a tropa a participar do “bico oficial”. Com relação à Paulista, citou inclusive conversas com entidades civis para que sejam implementadas melhorias que atraiam os PMs.

O que diz a prefeitura

A Prefeitura de São Paulo afirma que um dos estímulos para o aumento da adesão é o PL 511/2023, que aumenta a gratificação dos policiais que atuam na Atividade Delegada do município de São Paulo. Também ressalta que serão concedidos incentivos aos profissionais escalados para trabalhar em regiões consideradas estratégicas e em horários noturnos, entre 22h e 6h.

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