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“Gigantes de Detroit”, Ford, GM e Stellantis anunciam greve simultânea

O setor automotivo dos Estados Unidos foi abalado, na quinta-feira (14/9), com o início de uma greve simultânea em três fábricas de algumas das principais montadoras do país. A paralisação teve início à meia-noite (pelo horário local) e envolve as chamadas “Gigantes de Detroit”: Ford, General Motors (GM) e Stellantis, controladora da Chrysler.

Segundo o presidente do United Auto Workers (UAW), Shawn Fain, o sindicato da categoria, que conta com 146 mil associados, paralisou as atividades em uma fábrica da GM no estado do Missouri, além de uma instalação da Stellantis em Ohio e uma da Ford no Michigan. A greve pode se estender para outras fábricas pelo país.

De acordo com os sindicalistas, a paralisação deve interromper a produção de até 24 mil veículos por semana, o que pode impactar significativamente o setor automotivo nos EUA.

As negociações entre as empresas e os trabalhadores se desenrolavam havia cerca de dois meses, sem grandes avanços. O sindicato exige um aumento salarial de 36% em quatro anos, muito acima dos 20% propostos pelas montadoras.

Os trabalhadores também reivindicam garantias de que não perderão espaço com a produção de veículos elétricos, incentivada pelo governo americano. Estimativas apontam que a nova tecnologia deve comprometer cerca de 30% de empregos nos próximos anos.

No último dia de prazo para as negociações, a GM anunciou que sua última oferta aos trabalhadores incluía um aumento salarial de 20% e mais alguns “ajustes” para diminuir o custo de vida, mas apenas para os empregados “sêniores”. Também seria permitido que novos contratados atingissem os salários mais altos depois de quatro anos no cargo.

Ford e Stellantis também informaram que apresentaram novas propostas ao sindicato, mas não divulgarem os detalhes.

Com a confirmação da greve, as ações da GM e da Ford caíam mais de 2% nesta sexta-feira (15/9) nos negócios pré-abertura do mercado nos EUA.

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