O blogueiro bolsonarista Wellington Macedo de Souza, preso nesta quinta-feira (14/9), em uma operação conjunta entre a Polícia Federal (PF) e paraguaia, não se entregou fácil. As manchas de sangue e as roupas sujas de lama apontam que o foragido precisou ser contido pelas equipes e jogado no chão.
O blogueiro e outros fugitivos da Justiça brasileira haviam pedido asilo político ao governo paraguaio. Após a Justiça local negar, as polícias iniciaram a busca pelos suspeitos. Wellington Macedo foi localizado perto do prédio do governo de Alto Paraná e foi preso logo em seguida.
A coluna teve acesso a uma imagem do blogueiro já algemado e sob custódia das autoridades. Em razão de uma legislação local, a polícia paraguaia divulgou as imagens com o rosto de Wellington borrado.
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Wellington Macedo, o “Preso do Xandão”, pedia Pix no QG do Exército em Brasília
Reprodução/Facebook
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Artefato tem relógio capaz de acionar a explosão
Vinícius Schmidt/Metrópoles
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Desativação do explosivo mobiliza bombeiros e policiais militares
Vinícius Schmidt/Metrópoles
Wellington Macedo de Souza
Wellington Macedo foi denunciado pelo Ministério Público acusado de envolvimento no episódio
Reprodução
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George Washington foi preso e condenado por tentativa de explosão de ônibus no aeroporto de Brasília
Imagem cedida ao Metrópoles
Alan Diego dos Santos Rodrigues, de 32 anos, foi identificado pela polícia civil do DF como o segundo suspeito de ter participado da tentativa de explosão – Metrópoles
Alan Rodrigues foi condenado por tentativa de atentado no Aeroporto de Brasília
Matheus Veloso/Metrópoles
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O bolsonarista é acusado de participar da tentativa de explosão de uma bomba próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília, em 24 de dezembro de 2022. Wellington Macedo já havia sido condenado à revelia pela 8ª Vara Criminal de Brasília a 6 anos de prisão. Ele responde a dois inquéritos na Polícia Civil (PCDF).
Segundo a Justiça, a condenação deve-se por “expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outro, mediante colocação de dinamite ou de substância de efeitos análogos em um caminhão-tanque carregado de combustível, bem como causar incêndio em combustível ou inflamável”. Wellington estava foragido desde 5 de janeiro, data em que foi decretada a sua prisão preventiva.
Tornozeleira partida
O condenado quebrou a tornozeleira eletrônica dois dias após o episódio da bomba. Ele usava o equipamento desde outubro de 2021, quando foi preso por estimular manifestações com pautas antidemocráticas, em 7 de setembro daquele ano. Mesmo considerado foragido da Justiça, o blogueiro tentou entrar na cerimônia de posse do presidente do Paraguai, Santiago Peña.
Em documento enviado à 8ª Vara Criminal de Brasília no último dia 17 de julho, o Centro Integrado de Monitoração Eletrônica (Cime) informou as coordenadas de geolocalização de Wellington em 14 de outubro de 2021 – quando colocou a tornozeleira eletrônica – até as 5h31 de 26 de dezembro de 2022, quando o aparelho foi rompido.
George Washington de Oliveira e Alan Diego dos Santos e Souza foram condenados por planejar a tentativa de explosão de um caminhão-tanque perto do terminal aéreo. Wellington é acusado de participar da ação e dos ataques à sede da Polícia Federal (PF), em Brasília, em 12 de dezembro de 2022.